“Mercado para investir em startups está no melhor momento”, diz Fred Santoro (Raketo)

Em duas semanas, venture market de ex-AWS já recebeu contato de quase 1.000 startups interessadas em modelo de captação

 

Mesmo no cenário turbulento para o mercado global de venture capital, com redução de valuations, demissões em massa e dinheiro mais duro para os negócios, o baiano e ex-AWS Fred Santoro deu a largada para sua nova empreitada, a Raketo.

A empresa, que conta com investimento de Tiago Galli (cofundador do C6 Bank), de Yan Tironi (fundador de companhias como Amigo Edu, Cubos Academy e PeerBnk, que também foi executivo do Citi e do Itaú BBA) e de Ricardo Wendel, fundador da Divi-hub, vai atuar sob o conceito de venture market, um ‘mercado’ onde startups terão opções para fazer captações de recursos.

O modelo de negócios é de success fee, um percentual cobrado em cima do montante que a startup captar. De acordo com Fred a ideia é chegar a 25 startups brasileiras atendidas até o fim do ano que vem. “Não vou querer fazer mil startups por mês porque a ideia é estar próximo e porque teremos skin in the game, com investimento da própria Raketo nas rodadas”, diz.

A operação focará principalmente nos estágios de pre-seed e seed, que oferecem melhores perspectivas de valorização de investimento no longo prazo (não está descartada a possibilidade de entrar em estágios mais avançados), com possibilidade de aportes privados, com investidores anjo, family offices e fundos de investimento; ou públicos, por meio de equity crowd investing. 

A plataforma para investimento público está no ar, em parceria com a Divi-hub (startup na qual Fred é investidor e membro do conselho). Já há 3 companhias na prateleira: a hrtech Gria, a DNVB de bebidas Don Luiz e a proptech Élame. Os aportes podem ser feitos a partir de R$ 10 mil.

Também há no horizonte uma atuação internacional, aproveitando a parceria com a Divi-hub, que aguarda liberação da SEC para atuar nos EUA (o que pode acontecer até o fim do ano) e também pretende ir para a Europa.

Antes da divulgação de uma oferta, seja ela pública ou privada, a equipe faz o diagnóstico, preparação e avaliação para decidir qual o melhor caminho a ser seguido pela startup. Para isso, uma rede de 14 mentores vão apoiar os negócios. Na lista estão nomes como Bruno Stefani, da AB InBev; Fabiano Cruz, da Zoop, Etienne du Jardin, da MIMO e Nubia Mota, da Adobe, entre outros.

Com a Raketo, Fred afirma que continuará a ajudar o ecossistema como fez durante os quase 3 anos em que esteve à frente do programa apoio a startups da AWS no Brasil. “Aprendi que existe um potencial muito grande nesse mercado, tive visibilidade, mas tenho um sonho de ter impacto construindo o meu próprio negócio. O propósito de ajudar startups continua e quero que os investidores passem a ter pelo menos 5% de exposição a esse segmento”, conta.

Desde o anúncio do nome da companhia há duas semanas, no Startup Summit, cerca de 1.000 companhias o procuraram. “O mercado está em um momento maravilhoso. O investimento em seed aumentou 86%. O risco está afastando aventureiros. É uma super oportunidade para investidores entrarem e para quem pensa no longo prazo”.

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