Tanise Figueiredo, 60, e a filha Bárbara Bastos, 29, abriram em 2015, no Rio, a Désir Atelier, uma marca de lingeries. Em 2018, trouxeram produtos eróticos de uma viagem para São Paulo, especialmente vibradores, para vender na loja. Após dois anos, o faturamento havia saltado de R$ 10 mil para R$ 100 mil por mês.
No início da Désir Atelier, em 2015, era Tanise quem desenhava as peças de lingerie (camisola, macaquinho e baby doll). Fazia tudo manualmente, de forma artesanal, diz a filha. Tanise é formada em design de moda.
As vendas eram feitas via e-commerce e em feiras do setor. O investimento inicial foi de R$ 25 mil.
Em 2018, abriram a loja na Barra da Tijuca e viajavam com frequência a São Paulo para comprar tecidos para a produção de lingeries. “Não sabíamos como seria com a pandemia. Foi em uma dessas viagens que pensamos em agregar algum produto na Desir. E foi minha mãe que trouxe a ideia de sex shop”, declara Bárbara.
As duas foram a uma feira erótica, em São Paulo, onde compraram os primeiros vibradores e gel cosméticos. Hoje, os sex toys representam 80% das vendas.
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As lingeries vendidas pela Désir Atelier não são mais produzidas artesanalmente; são revendas de outras marcas.
Para Juliana Segallio, consultora de negócios do Sebrae-SP, as vendas de brinquedos eróticos podem ter crescido na Désir Atelier devido a um conjunto de fatores: bom relacionamento da empresa com os clientes, mercado do sex shop aquecido e fortalecimento do canal do e-commerce na pandemia. “Eles tiveram uma visão de oportunidade muito bem aproveitada”, declara.
Ela diz, no entanto, que toda inovação deve passar pelo levantamento de custos, análise de riscos e teste para a aceitação da clientela. “É preciso ter pé no chão sempre”, afirma. “Toda empresa deve fazer ações para testar a aceitação dos seus produtos e qualquer outra novidade junto à sua clientela. Também não deve esquecer de capturar novos consumidores”.
Em 2021, o faturamento foi de R$ 1,2 milhão. A loja continua vendendo lingeries, mas os “sex toys” representam 90% das vendas. Hoje a loja, na Barra da Tijuca (Rio), vende cerca de 430 vibradores por mês. Segundo Bárbara, a maior parte das vendas é para novos clientes. Para manter o interesse dos clientes, a loja oferece dezenas de modelos de brinquedos eróticos.
Fonte: com informações do Portal UOL