“Deveria estar aposentada já”: Universitária de 40 anos sofre preconceito em Bauru-SP

Universitárias de Bauru (SP) foram criticadas nas redes sociais após um vídeo em que elas debocham de uma colega de sala de 40 anos viralizar.

No vídeo, elas dizem que a colega deveria estar aposentada e que “não sabe o que é o Google“.

“Gente, quiz do dia: como desmatricular uma colega de sala?”, pergunta uma delas no início do vídeo. Na sequência, outra menina responde: “Ela tem 40 anos. Já era para estar aposentada”.

“Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade. Eu tenho essa opinião”, afirma uma das universitárias.

Uma delas diz que a colega mais velha “não sabe o que é Google”, enquanto outra complementa: “Ela acha que Google é a professora”. O trio cursa biomedicina na Unisagrado, instituição particular de Bauru.

 

Veja o vídeo na íntegra neste reportagem da CNN:

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Etarismo

O vídeo viralizou após uma usuária do Twitter compartilhar as imagens. “Minha mãe com 50 anos vai entrar na faculdade esse ano”, relatou, acrescentando: “É uma coisa que poderia ter acontecido com ela”. As três universitárias foram acusadas de etarismo, nome dado ao preconceito e discriminação com pessoas mais velhas.

A psicóloga Beatriz Linares, 23 anos, sobrinha da vítima, fez uma postagem no Instagram criticando o trio e contando a história da tia, que sempre trabalhou e adiou os estudos para ajudar a cuidar das irmãs mais novas.

“Ela sempre teve o sonho de estudar e nunca teve oportunidade. Hoje, ela conseguiu entrar em um curso que ela sempre quis e estava muito feliz e animada para começar as aulas, e aí surgem três meninas […] que só vivem na própria bolha, gravando um vídeo zombando pelo fato de minha tia ser a mais velha da turma”, escreveu Beatriz.

Horas depois, ela publicou uma foto da tia em sala de aula, segurando flores e rodeada de colegas. Segundo a psicóloga, alguns alunos da instituição se mobilizaram para surpreendê-la e oferecer apoio.

A Unisagrado também divulgou uma publicação nas redes sem citar o caso diretamente, mas afirmando não compactuar com “qualquer tipo de discriminação” e que “aprendemos a vida toda”.

“As oportunidades não são iguais para todo mundo em todos os momentos da vida. Sabemos, por exemplo, que os pais muitas vezes abrem mão da sua formação para oferecer as melhores oportunidades para seus filhos e, somente depois, optam por se profissionalizarem”, diz a postagem.

 

*Com informações do Metrópoles e da CNN

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