Aceleradora Strive busca empreendedores fora de série (e com a terapia em dia)

O empreendedor paulistano Eduardo Casarini montou, ao lado da mãe e dos irmãos, um dos primeiros e-commerces do Brasil: a Flores Online, aberta em 1998 e vendida em 2012 para a americana 1-800-flowers e o fundo BR Opportunities.

Findo o envolvimento no negócio de flores, Casarini passou um tempo fora do Brasil estudando inovação no MIT e em Harvard e, em paralelo, servindo de investidor-anjo ou conselheiro de startups brasileiras.

Entre as startups de que foi advisor estão o Banco Neon e a Linus, de sandálias sustentáveis.

Nesse meio tempo, recorreu à psicanálise para olhar para dentro de si em busca de respostas a questões pessoais e profissionais.

A combinação das duas experiências deu a Casarini a ideia de montar a Strive, uma aceleradora descrita por ele mesmo como um negócio all-hands-on.

Como é a filosofia da Strive

Além de investir nas startups em estágio embrionário ou inicial, a vontade dos sócios da Strive é dedicar tempo aos novos negócios, apoiando ativamente os fundadores — inclusive no apoio a dilemas existenciais deles.

Além de Casarini, são sócios da aceleradora:

  • Patrícia Toledo, executiva com passagens por SantanderContabilizei e consultorias feitas para GoogleFacebook, entre outros
  • Tiago Galli, um dos fundadores do banco C6 e investidor-anjo desde 2015

“Nossa proposta é oferecer apoio de verdade para o empreendedor e seu time, em cinco reuniões mensais, durante 24 meses, discutindo temas e os dilemas à medida em que eles aparecem”, diz Casarini.

O foco da Strive são empreendedores com boas ideias ou startups com produto na rua e clientes pagantes, e em busca de validação do modelo de negócios.

O programa de aceleração desenhado pelos sócios da Strive prevê duração de 24 meses e, por meio de parceiros estratégicos, aporte financeiro de até 2 milhões de reais.

A ideia é apoiar startups em fase pré-seed e seed e ser o primeiro investimento institucional do empreendedor.

Como contrapartida pelo tempo investido, a Strive ficará com uma participação de 10% do negócio.

O modelo de negócio da Strive prevê, ainda, uma comissão nos casos de sucesso no “match” entre o empreendedor apoiado e os fundos de venture capital.

Que negócios a aceleradora está de olho

No radar da Strive estão negócios inovadores nas áreas de:

  • E-commerce
  • Software as a Service (SaaS)
  • Serviços financeiros (FinTech)
  • Recursos humanos (HRTech)
  • Educação (EdTech)
  • Saúde (HealthTech)

A busca é por um produto ou modelo de negócio com potencial de ser escalável, com proposta de valor clara e que tenta resolver um problema para um mercado relevante.

É importante também que a ideia de modelo de negócio seja sustentável e a postura da liderança empreendedora.

“Temos ainda um olhar para um aspecto pouco abordado, mas crucial na nossa perspectiva: queremos empreendedores atentos ao cuidado com a sua saúde mental, porque é o que permite a atitude para fazer acontecer”, diz.

O prazo de envio da aplicação deste primeiro ciclo é 31 de março de 2023, quando três startups serão selecionadas.

A meta da Strive é selecionar 15 startups para investir e acelerar até o início de 2024, em ciclos de seleção que serão realizados a cada três meses. Veja aqui como é a inscrição.

 

Fonte: Exame.com

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