Consultora dá dicas para quem quer empreender no ramo da gastronomomia

Segundo o Estudo Empreendedores 50+, o futuro do Brasil, a área de alimentação, inclusive gastronomia, é um dos setores mais atraentes para quem deseja empreender, principalmente na maturidade. Isso porque muitas pessoas aproveitam suas habilidades culinárias para abrir seu próprio negócio.

Vera Araújo, profissional de mais de 25 anos de atuação em negócios gastronômicos, CEO da consultoria VA Gestão de Negócios, muitas vezes a pessoa faz algum prato ou quitute que é muito elogiado pelos amigos ou família e vê nisso uma oportunidade de negócio. Mas também há aqueles que, por necessidade, precisam gerar uma fonte de renda e veem na preparação de alimentos um caminho mais fácil.

No entanto, a especialista enfatiza que, apesar de saber cozinhar ou ter algum especialista para assumir as panelas ser essencial para empreender na gastronomia, não é o suficiente. “Gerir um negócio é complexo e requer mais que talento culinário. É preciso desenvolver técnicas e habilidades de gestão para ganhar dinheiro com a nova atividade. Engana-se quem pensa que, por que o negócio é pequeno, a gestão não é importante”, comenta.

Vera Araújo explica que só saber cozinhar não é suficiente para abrir seu negócio (crédito: foto divulgação)

Criada por uma mulher negra, a VA Gestão e Negócios é uma consultoria com um olhar 360º para a gestão, atuando em todas as áreas de um empreendimento gastronômico, do planejamento, gestão e marketing ao operacional. Entre os principais clientes estão o Itaú, Vaca Véia, Brodo Ristoranti, Madureira, Cozinha de Afeto e Cosy.

A especialista explica que antes de decidir entrar nesta área, é preciso estudar o mercado do produto ou serviço que será ofertado, a fim de entender como ele funciona, quais os melhores fornecedores, embalagens adequadas etc. Outras questões a serem feitas são acerca do ponto onde o negócio estará inserido, independentemente de ser físico ou delivery. “Qual o poder aquisitivo do público deste local, qual o perfil de consumo dessas pessoas, o que eles esperam do seu produto? Tudo isso é primordial para decidir o que vender e como apresentar o produto”, comenta.

Essa análise também é importante para definir o formato do negócio, pois nem sempre ter um ponto físico é uma boa ideia para quem está iniciando. “Hoje em dia, com opções de plataformas de delivery, é possível começar um empreendimento com um investimento baixo. Mas até para escolher em qual ou quais dessas plataformas investir, é preciso conhecer bem o público-alvo”, completa.

A consultoria também tem como um dos seus princípios a diversidade, por acreditar que as diferenças são um ingrediente essencial para a construção de um negócio inovador. Comandada por mulheres que enfrentam diariamente as dificuldades de estarem inseridas em uma área que ainda é predominantemente masculina, conta ainda com expertises de chefs de cozinha, que atuam de forma autônoma.

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