Dia do Empreendedorismo Feminino: 8 mulheres no Venture Capital

As mulheres ainda são uma minoria no mundo das startups e da inovação. Isso é verdade não só quando olhamos para quem cria empresas empresas, como também do outro lado da mesa, assinando os cheques. Há poucas mulheres investidoras no venture capital.

Nos Estados Unidos, as mulheres ocupam apenas 15.4% dos cargos de general partners de VCs, de acordo com dados do Pitchbook. No Vale do Silício, a proporção de GPs do sexo feminino aumentou de 15,4% para 17,1% entre 2020 e 2021, um avanço importante, mas ainda pequeno.

Na contramão dessa realidade, investidoras e lideranças femininas vêm ganhando mais espaço e destaque no setor – e assumem um papel significativo para transformar o perfil do ecossistema. Segundo o Pitchbook, estudos sugerem que as fundadoras de startups tendem a procurar investidores do sexo feminino na hora de buscar aporte, e que as chances de uma empresa fundada por mulheres levantar capital com sucesso podem aumentar com uma investidora na mesa de negociação.

Em homenagem ao Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, conheça, a seguir, 8 mulheres investidoras que estão mudando a cara do ecossistema no Brasil e apoiando as fundadoras de startups em suas jornadas.

1. Itali Collini, Potencia Ventures

Itali Colini, diretora da Potencia Ventures
Foto: Divulgação

Com 10 anos de experiência no mercado financeiro, Itali Collini é diretora da Potencia Ventures e tem passagem pelo fundo de venture capital 500 Global, onde atuou como diretora de operações no Brasil e diretora de estratégia e inovação na América Latina.

Como investidora-anjo, seu foco é apoiar startups fundadas por mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência que construam soluções para mercados promissores e usuários sub-atendidos. Seu portfólio inclui as startups Feel, Lady Driver, Gestar, Amyi, entre outras. Itali é investidora-anjo associada na FEA Angels e angel fellowship na Latitud, além de conselheira na Wishe – Women Capital e mentora na B2Mamy e na Associação Brasileira de Startups.

2. Gabriela Toribio, Wayra Brasil

Gabriela Toribio, head de venture capital da Companhia Siderúrgica Nacional
Foto: Reprodução LinkedIn

Ex-gerente de inovação e consultora sênior na Votorantim, Gabriela Toribio passou os últimos 3 anos como chefe de capital de risco da empresa siderúrgica brasileira Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Hoje, ela é managing director na Wayra Brasil, hub de inovação aberta e fundo de investimento corporativo do Grupo Telefônica. Também à frente do Vivo Ventures, Gabriela é responsável por liderar o desenvolvimento do fundo, que tem capital comprometido de R$ 320 milhões para investir em startups em crescimento.

A executiva é empreendedora e fundadora da Alimentos da Vila, que busca promover e expandir o acesso à alimentação saudável. Gabriela atua como coordenadora do comitê de CVC da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) e é professora da Fiap, onde leciona sobre empreendedorismo.

3. Luana Ozemela, iFood, BlackWin e DIMA Consultoria

Luana Ozemela
Foto: Reprodução/LinkedIn

Em junho deste ano, Luana Ozemela lançou a BlackWin, primeira plataforma de investidoras-anjo negras do Brasil. Com ela, Luana busca apoiar mulheres negras a se tornarem investidoras-anjo e a se conectar ao ecossistema de inovação. Os aportes são direcionados a negócios liderados por pessoas negras, fomentando empreendedores e a promoção da equidade racial.

Além da BlackWin, Luana é cofundadora e CEO da DIMA Consultoria, empresa de desenvolvimento econômico e social estabelecida no Brasil e no Qatar. A executiva é vice-presidente  in Residence do iFood no Brasil e ex-funcionária do BID, em Washington D.C., nos Estados Unidos. Ao longo de sua carreira, Luana nteragiu com dezenas de governos, doadores, investidores e ONGs nos EUA, na América Latina, África e no Oriente Médio.

4. Camila Farani

Camila Farani
Foto: Divulgação

Empresária, empreendedora e investidora serial, Camila Farani é muito mais do que  é um dos “tubarões” do Shark Tank Brasil. Considerada uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina segundo a Bloomberg Línea, ela é sócia-fundadora da boutique G2 Capital, membro do conselho de administração do PicPay e sócia e investidora da Play9, estúdio de conteúdo e maior network do YouTube do Brasil.

Além disso, Camila é cofundadora do Mulheres Investidoras Anjo (MIA), um movimento de fomento ao investimento anjo feito por mulheres, e fundadora do Ela Vence, plataforma criada para apoiar o desenvolvimento de lideranças femininas. Como investidora, seu portfólio conta com mais de 45 startups e R$ 35 milhões entre aportes individuais e com co-investidores nos últimos 10 anos.

5. Silvia Motta, Movile

Silvia Motta
Foto: Reprodução/LinkedIn

Com mais de 10 anos de experiência em diversos setores como educação, private equity, startups e consultoria de gestão, Silvia Motta tem passagens pela consultoria McKinsey & Company Eleva Educação, e assumiu a posição de diretora de estratégia da The Coca-Cola Company no Brasil.

Hoje, ela é diretora de investimentos da Movile e compõe os conselhos da SymplaAfterverseMensajeros Urbanos e Sandbox & Co. Considerada uma das Top Women Investors na América Latina pela LAVCA, Silvia tem uma experiência prévia como empreendedora e fundadora da Ventus Learning, uma startup de educação online.

6. Laura Constantini

Laura Constantini
Foto: Reprodução/LinkedIn

Laura Constantini é sócia e cofundadora da Astella, gestora brasileira de venture capital que investe em empresas em estágio inicial. Ela já fez parte do conselho de empresas como Omie, Kenoby, e Skore, e hoje integra o board do JOTA Sled. Além disso, Laura é conselheira na Endeavor, onde tem a oportunidade de apoiar outros empreendedores no ecossistema.

Antes de chegar ao venture capital, ela escolheu o caminho das finanças. Formou-se em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e chegou ao Banco Santander no Brasil e em Nova York, onde foi research analyst. A mudança de carreira veio em 2005, quando entrou para o time da Cicerone Capital para trabalhar com fusões e aquisições. Foi trabalhando próxima ao venture capital que ela descobriu sua vocação, unindo seus conhecimentos de finanças com a visão humana.

7. Flavia Mello

Flavia Mello
Foto: Reprodução LinkedIn

Ao lado de Erica Fridman Stul, Mariana Figueira e Jaana Goeggel, Flavia Mello fundou o Sororitê, rede de investidoras-anjo que tem como objetivo fornecer acesso à fundadoras de startups, além de um espaço para troca e aprendizados. A executiva já investiu em diversas empresas com liderança feminina, incluindo a Feel, Herself, Holistix, Todas Group, SafeSpace, Oya Care, HerMoney e Se Candidate, Mulher!.

Ao longo de sua trajetória, Flavia foi gerente sênior de vendas no Uber e client partner no Facebook. Além das big techs, ela trabalhou AllWomen, plataforma global para treinar, transformar e empoderar mulheres em tecnologia, como freelancer.

8. Jéssica Silva RiosBlackWin

Jéssica Silva Rios
Foto: Divulgação

Jéssica Silva Rios já foi sócia e head de gestão de impacto social da Vox Capital, primeira gestora de investimento de impacto do Brasil. Ela ingressou na Vox Capital em 2016, depois de atuar como gerente de projetos em consultoria de operações na PwC Brasil por mais de 8 anos.

Hoje, Jéssica é membro do comitê de ESG do Grupo Fleury, conselheira do lab de equidade de gênero da Aspen Network of Development Entrepreneurs (Ande), uma rede global de organizações que impulsionam o empreendedorismo nas economias em desenvolvimento. Ao lado de Luana Ozemela, Jéssica é cofundadora da BlackWin, onde atua como investidora-anjo e cuida da gestão executiva.

 

 

Reportagem originalmente assinada por Gabriela Del Carmen e publicada no www.startups.com.br

 

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