Empreendedorismo poderia ajudar na recuperação do centro de São Paulo?

O centro da cidade de São Paulo, uma das maiores metrópoles do mundo, está passando por um momento difícil.

Os bairros centrais onde se encontram pontos turísticos do município, como a Catedral da Sé, o Vale do Anhangabaú, a estação da Luz, a Sala São Paulo de música, o Pátio do Colégio e outras construções que marcam a história da capital econômica brasileira, convivem hoje com a chamada Cracolândia, um aglomerado que se formou a partir do crescimento do tráfico de drogas, do consumo de entorpecentes e, porque não, do descaso do poder público e, claro, da própria sociedade.

A criminalidade e o medo acabaram tomando o espaço, que deveria ser de todos, e o que se vê é ruas abandonadas, pessoas marginalizadas, pontos comerciais – que outrora seriam valorizadíssimos – destruídos.

O noticiário traz diariamente um fato novo, tentativas da prefeitura e de órgãos de segurança e sociais de combater a destruição da sociedade.

O que o empreendedorismo tem a ver com isso? Ora, partindo da premissa de que empreendedorismo gera empregos, renda, movimenta a economia e a sociedade, tem tudo a ver.

Além disso, alguns conceitos como o da “janela de vidro” – com o caso já conhecido da transformação de Nova Iorque nas décadas de 80-90 – e de comunidade – aqui no conceito base de que todos temos um papel, uma responsabilidade, e devemos viver em harmonia, incentivar o empreendedorismo seria uma bela iniciativa para apoiar a mudança de condição do centro.

Mas, se um empreendedor fosse ajudar na revitalização do centro de São Paulo com geração de empregos e reinclusão social de jovens, o que poderia acontecer?

Um exemplo que podemos usar seria de aproveitar estacionamentos e terrenos abandonados para montar centros automotivos, com lavagem e pequenos serviços.

Só isso já promoveria geração de empregos, circulação social, comércio e mais vida ao bairro.

Para isso acontecer, alguns pontos importantes:

  1. O projeto poderia ser incentivado, com custos revertidos em isenção de impostos
  2. Poderiam ser feitas parcerias com empresas patrocinadoras, unindo investimentos públicos e privados
  3. Mandatória a integração com instituições como Sebrae e Senai, para cursos técnicos para capacitação de jovens
  4. Mandatória a integração com serviço social para acompanhamento psicológico e reinserção desses jovens
  5. Importantíssima a contrapartida, de que os jovens deveriam estudar / se capacitar (com acompanhamento de desempenho), ter tratamento psicológico e receberiam remuneração compatível

Mas, como estamos no Brasil e nada aqui é simples quanto parece ser, o que poderia acontecer?

  1. Algum órgão/instituição de defesa ao infanto-juvenil diria que é exploração
  2. Algum órgão/instituição iria cobrar alguma taxa
  3. Algum órgão/instituição arranjaria uma burocracia para atrapalhar (por exemplo, não pode ter mais de 2 lava-jatos por bairro)
  4. Algum (ns) legislador(es) iria(m) tirar foto para se colocar no protagonismo
  5. Algum (ns) legislador(es) iria(m) criar um imposto, multa ou outra barreira

Barreiras que o brasileiro já está acostumado, infelizmente.

Contudo, observando a cidade, é possível ver várias oportunidades que deixamos passar. Outro exemplo é o de praças abandonadas, e pouca consciência dos próprios moradores em relação a limpar, aproveitar o espaço…

 

Mentalidade empreendedora

Isso tudo seria resolvido a partir de 3 características empreendedoras: 1) identificar oportunidades de melhoria; 2) Assumir o protagonismo e as responsabilidades; 3) Fazer acontecer, não depender dos outros para que aconteça.

Então, na verdade, o que falta não é um empreendedor tomar atitude. Falta ao Brasil um olhar mais empreendedor.

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