Indicadores industriais mostram perda de dinamismo da indústria de transformação, com estabilidade do emprego e da utilização da capacidade instalada
A pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra a perda de dinamismo da atividade industrial em abril de 2023, mas com avanço nos dados relacionados à remuneração do trabalho. O faturamento real teve queda de 1,3%, após seis meses sem registrar variação negativa, e o número de horas trabalhadas na produção também recuou.
De acordo com a economista da CNI, Larissa Nocko, o faturamento vinha de uma trajetória de desaceleração desde 2022, quando avançou em março e recuou em abril. A queda não foi suficiente para reverter a alta de 1,4% março, de modo que o indicador permanece acima do observado em fevereiro.
O emprego na indústria de transformação registrou estabilidade pelo segundo mês consecutivo. No entanto, teve alta de 1,2% na comparação com abril do ano passado. E a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) segue em 78,9%, em trajetória de queda gradual iniciada em 2021.
“A pesquisa aponta continuidade da trajetória de desaceleração na indústria de transformação, que tem ocorrido desde 2022. Indicadores como o faturamento, as horas trabalhadas, o emprego e a utilização da capacidade instalada, que já mostravam perda de fôlego, apresentaram queda ou estabilidade em abril”, diz a economista.
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As horas trabalhadas na produção caíram 1,5% na comparação com março. No último ano, este indicador oscilou entre avanços e recuos sem tendência bem definida. Apesar disso, a massa salarial real dos trabalhadores da indústria de transformação avançou 2,9% em abril na comparação com março. O avanço do mês permitiu a reversão das perdas ocorridas em fevereiro e março, quando o indicador acumulou um recuo de 1,6%. Em relação a abril de 2022, o crescimento alcançou 4,7%.
*Com informações do Portal da Indústria