Mães e filhas empreendem juntas com ‘bar de beleza’ e faturam R$ 10 milhões com franquias

As amigas Gisela Prochaska e Deborah Paulino se uniram para abrir um salão de beleza express, que serve vinho e champanhe em São Paulo, e chamaram as filhas para ajudá-las nos negócios

Um local para chegar com pressa e se arrumar em poucos minutos, com uma taça de vinho ou champanhe nas mãos, para sair pronta para o compromisso em até uma hora. Essa é a proposta do Stylebar, rede de franquia de salões de beleza express fundada pelas amigas Gisela Prochaska, de 62 anos, e Deborah Paulino, de 58, que trouxeram as filhas para o negócio e faturaram R$ 10 milhões em 2022. Agora, prestes a inaugurar a primeira loja fora de São Paulo, na cidade de Recife, o negócio projeta alcançar uma receita de até R$ 12 milhões neste ano.

A ideia do Stylebar surgiu por volta de 2016. Correndo contra o tempo, Prochaska precisou encontrar uma forma rápida de se arrumar para um evento em Nova York. Por intermédio da filha, Luiza Justus, de 30 anos, ela acabou conhecendo o universo dos “bares de beleza”, com atuação segmentada e ágil na megalópole.

Aquilo chamou sua atenção, e foi inevitável comparar com o modelo de atendimento que existia no Brasil à época. “O comportamento no Brasil era diferente. As mulheres estavam acostumadas a fazer tudo no mesmo lugar”, diz. Assim, ela se debruçou, junto com sua amiga Deborah, em dois anos de estudo para entender como trazer o formato para o Brasil.

As duas resolveram chamar as filhas para a empreitada. Justus, filha de Prochaska, comanda a direção criativa. Já as duas filhas de Deborah, Bianca, 29, e Carolina Paulino, 27, são responsáveis pelo StyleAcademy (centro de formação de profissionais de beleza, paralelo à rede) e pela arquitetura dos espaços, respectivamente. “Um salão de beleza é o ponto de encontro de mulheres de diferentes gerações, então nada mais justo que trazer isso pra dentro desse nosso sonho”, diz Prochaska.

Fachada de uma unidade do Stylebar em São Paulo — Foto: Divulgação
Fachada de uma unidade do Stylebar em São Paulo — Foto: Divulgação

A primeira loja foi aberta em maio de 2018, e o negócio foi sendo ajustado com o tempo, inclusive com a entrada de uma linha própria de produtos, em parceria com a Farmaervas, que é utilizada nos processos e vendida para as clientes. Hoje os itens correspondem a 7% do faturamento e têm como objetivo reforçar a marca, inclusive fora dos salões.

A empresa também apostou em uma série de combos que proporcionassem agilidade e economia, além da possibilidade de realizar o agendamento por aplicativo. Mesmo para quem vai de última hora, a proposta é que a espera não seja de mais de dez minutos, se ocorrer, segundo Prochaska.

“O Stylebar foi feito para a mulher moderna, a que não tem tempo, que trabalha, que cuida da casa, que tem filho. Muitas não têm duas ou três horas para ficar perdendo tempo com cabeleireiro.”

A ideia é que o serviço seja concluído em até 60 minutos, na maioria dos casos. Para isso, as empreendedoras optaram por trabalhar apenas com serviços rápidos, sem nada que envolva química ou corte, por exemplo, e um número elevado de atendentes. O tíquete médio é de cerca de R$ 190. O carro-chefe da casa é o combo de cabelo e maquiagem, que sai por R$ 298. De acordo com a empreendedora, o custo se mantém abaixo do mercado por conta do uso da linha própria de produtos.

Os salões ainda servem vinho e champanhe – a primeira taça sempre é cortesia, quando a cliente faz um serviço –, além de cafés e capuccino.

“Atingimos o ponto de equilíbrio em quatro meses, e já recebíamos muitas propostas de franquias. Estruturamos, fizemos a análise de escalabilidade da empresa, contratamos uma consultoria. Tudo que precisava para a empresa poder franquear”, afirma.

Unidade do Stylebar: atendimento de beleza rápido — Foto: Divulgação
Unidade do Stylebar: atendimento de beleza rápido — Foto: Divulgação

O segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar tem se mostrado um dos mais resilientes dentro do sistema de franquias, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). No primeiro trimestre de 2023, o faturamento das marcas que operam no nicho foi de R$ 12,3 bilhões, 27% a mais do que o mesmo período do ano passado.

*Com informações do portal PEGN

Assine nossa newsletter e fique por dentro de todas as notícias

Ao assinar a newsletter, declaro que conheço a Política de Privacidade e autorizo a utilização das minhas informações.

Obrigado!

Você passará a receber nossos conteúdos em sua caixa de e-mail.