O jornal O Liberal, do Pará, noticiou esta semana (leia aqui) que os bancos públicos e instituições estatais de fomento da região Amazônica figuram como alguns dos maiores credores das Lojas Americanas, na lista de dívidas da empresa.
Entre esses credores está o Banco da Amazônia (Basa), para quem a marca deve mais de R$ 103 milhões, e sequer conseguirá saldar essa dívida, diz o jornal.
Ao mesmo tempo, Micro e pequenos empresários da região têm dificuldade de conseguir crédito junto às instituições financeiras, especialmente públicas, como é o caso do Basa, mesmo em programas de incentivo.
O presidente da Federação das Micro e Pequenas Empresas do Estado do Pará (Femicro-Pará), Valber Cordeiro, diz que, hoje, em todo o Estado, há mais de 640 mil micro e pequenas empresas, responsáveis por mais de 60% dos empregos formais de que o Pará dispõe. Mesmo assim, é muito difícil, segundo ele, o segmento conseguir acesso a crédito por meio das instituições bancárias.
“Nós queremos facilidade de acesso ao crédito e juros subsidiados. Não tem por que os bancos cobrarem de uma micro e pequena empresa uma taxa compatível a de uma empresa grande. É necessário que esses juros sejam bem pequenos para facilitar o acesso e, principalmente, o pagamento das dívidas, pois, caso contrário, o micro e pequeno empreendedor vai acumular dívidas, pegar empréstimo e não conseguir pagar, aumentando ainda mais a inadimplência que existe no País. Então, nós somos favoráveis a que seja feita uma política de acesso ao crédito e uma política de juros subsidiados e talvez até com carência para iniciar o pagamento, para que o pequeno negócio possa sobreviver”, destacou cordeiro ao Liberal.