Seja duro
A primeira impressão quando se ouve a palavra “duro” é de ser rigoroso com os outros. Não é disso que estamos falando.
A segunda é de ser intransigente. Também não é isso.
Uma das premissas da corrente filosófica do estoicismo é de que devemos ter consciência de duas coisas (e saber distingui-las):
- O que está ao nosso alcance e que podemos controlar – que é onde endurecemos a nós mesmos e onde podemos agir.
- O que não está, que não controlamos – que não mudamos e que cabe aceitar.
Ser duro significa ser sólido, forte e firme para resistir às forças externas, a tudo aquilo que vem de fora e que não está sob nosso controle.
Um atleta duro é o que resiste ao peso do exercício, seja ele qual for. Faz o que tem que fazer. Não sucumbe às exigências, não reclama de horário do treino. Anda ereto. Conhece a si próprio. É fácil identificar um atleta desses, muito diferente de uma pessoa comum. Geralmente se destaca, pensa no longo prazo, trabalha nos seus objetivos. Conhece o Cristiano Ronaldo? Duro.
O tronco da árvore não se submete à força do vento. Ele é rígido, estruturado. Sustenta galhos, folhas, frutos, pássaros, macacos e outros animais. É para onde os bichos vão para se proteger da tempestade, até. Quando o impacto é forte, é a parte que fica de pé para que a árvore cresça novamente.
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Você, empreendedor, deve ser duro como o tronco de uma árvore, como um atleta profissional. Em conhecimento, na base necessária de informações absorvidas para o negócio dar certo. Em estrutura, nos alicerces materiais que lhe sustentem e que sejam essenciais para manter o empreendimento. Deve trabalhar nos seus objetivos e no que for necessário para que eles aconteçam.
Mar calmo nunca fez bom marinheiro e o que vem fácil, vai fácil – duas frases que viraram ditados e que representam bem essa verdade.
Aliás, existe a verdade e o que está por vir. Verdade é o que sabemos, o que está aí. O que está por vir, quem sabe? Não está ao nosso alcance.
Se o futuro for leve, quem é duro passará. Se for pesado, quem é duro resistirá.
Assim é com as mudanças de cenário não previstas. Ou que estavam previstas, mas que podem mudar independentemente da sua vontade.
Um exemplo que ilustra essa tese é o da pandemia: as empresas duras lidaram melhor com aquele momento. Estavam preparadas, imaginando que aquilo poderia acontecer naquela magnitude? Não. Mas, resistiram. Essas foram as que mantiveram profissionais, apoiaram a comunidade e tiveram paciência porque sabiam que a tormenta ia passar.
As experiências negativas, decisões difíceis, momentos de aprendizado e dedicação são o caminho. É o mar revolto que prepara o bom marinheiro para qualquer maré.
Videocast EP #05: FRAN WINANDY
Conversamos com uma das pessoas mais engajadas no combate ao etarismo, a consultora e professora Fran Winandy, autora do livro “Etarismo, um novo nome para um velho preconceito”.
Ela não sabe, mas praticamente todos com quem falamos durante o processo de estudo do relatório “Empreendedores 50+, o futuro do Brasil” mencionaram seu livro.
A conversa foi muito boa. Ela própria é um exemplo: decidiu empreender a partir das experiências de vida e profissionais, montou a consultoria e hoje ajuda empresas a entender o etarismo.
Por fim, o mundo precisa entender que os mais velhos estão mais ativos do que nunca.
O episódio entra no ar hoje (26), no YouTube e nos canais de áudio Spotify, Google Podcast e Amazon Music (Alexa, toca Empreendabilidade!).
Livros e filmes
Ler um livro não é ler um post ou zapear nas redes. Assim como assistir a um filme ou a um documentário. Não se esqueça de vez ou outra ler, assistir ou ouvir algo mais profundo que as redes sociais. O imediato é rápido, mas nem sempre nos faz crescer.
Podcast de 1 hora?
Nossos episódios são de cerca de 1 hora porque aprofundamos os assuntos para extrair conhecimento e estabelecer debate que agregue valor. O melhor podcast sobre a eleição que ouvi teve 3h de duração. Não eram comentários ou análise pontual, era uma conversa.
SUGESTÃO DE LEITURA
Filmes que falam de propósito
Dito isso, como esta edição está saindo na quinta-feira, aí vão alguns filmes de HISTÓRIAS REAIS para assistir no final de semana:
Coach Carter (2005)
Samuel L. Jackson é Ken Carter, ex-jogador de basquete chamado para treinar o time da sua antiga escola. Ele aceita, mas impõe aos alunos regras de bom comportamento e boas notas. Como disciplina é importante…
O destino de uma nação (2017)
Churchill ficou conhecido como um grande líder político britânico. O filme se passa no ano de 2040, mostrando os primeiros dias do primeiro-ministro da Grã-Bretanha e o intenso processo de decisão diante de uma possibilidade de acordo de paz com a Alemanha de Hitler e uma Inglaterra em crise.
Money Ball (2012)
Tom Cruise e Jonah Hill fazem a dupla Billy Beane e Peter Brand, em uma história verdadeira de utilização de dados para resolver problemas. No caso, um estatístico cria um sistema de cálculo para ajudar o clube de baseball a selecionar melhores e mais baratos atletas e se destacar na liga.