Norteus, nova boutique de M&As, quer gerar valor de longo prazo ao middle market

Diante dos desafios econômicos e restrição de capital, as operações de M&As, ou fusões e aquisições, têm se mostrado cada vez mais atraentes para grandes empresas e startups, na tentativa de ganhar fôlego financeiro e crescer.

De olho no potencial desse mercado, três profissionais com vasta experiência em M&As, finanças e venture capital, decidiram fundar a Norteus, boutique de M&As que atua na busca de investidores estratégicos ou financeiros para empreendedores, com foco no middle market – transações que movimentam acima de R$ 50 milhões. Segundo os sócio-fundadores Daniel Penteado, Juliana Chan e Wagner Andrade, trata-se da primeira boutique focada em gerar valor de longo prazo para empreendedores e investidores.

“Nossa empresa nasce da inconformidade. O mercado de M&As no Brasil gira em torno do valor das transações e das negociações com as grandes empresas. Olhamos muito mais o perfil da empresa, seu potencial de crescimento e o quanto ela se encaixa no potencial comprador, do que necessariamente o tamanho do seu faturamento” afirma Wagner, CEO da Norteus, em conversa com o Startups.

Daniel acrescenta que o foco do trabalho da Norteus está exatamente em trazer os empreendedores de volta para o centro da relação e construir um relacionamento de longo prazo. “Acreditamos em centralizar na figura do empreendedor, em como dar esse cardápio para ele descobrir qual a melhor opção para o seu negócio e continuar a acompanhar sua jornada depois, como em futuras captações de investimento”, diz o sócio-fundador.

Primeiro ano de operação

Para este ano de estreia no mercado, o faturamento previsto da Norteus está na casa dos R$ 20 milhões, considerando a perspectiva da realização de seis transações e 15 mandatos ativos. Atualmente, o portfólio da empresa é composto por quatro clientes e três operações concluídas.

A expectativa da nova boutique de fusões e aquisições é de fechar negócios com outras 11 empresas, cinco delas já em discussão de contrato.

Na visão de Wagner, o mercado de VC no Brasil continua capitalizado, apesar da crise. “Os investidores só fecharam a torneira por enxergar as empresas de outra maneira, não só crescimento por crescimento, mas também unit economics saudáveis. A tecnologia virou necessidade, um meio ou um fim para endereçar várias deficiências de forma inteligente e, portanto, há muito potencial para o crescimento dessa nova economia”, pontua.

*Com informações do portal Startups

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