Empreender é desafio, resiliência e estratégia. No Brasil, o cenário do empreendedorismo tem se mostrado cada vez mais explorado pela necessidade, uma vez que os microempreendedores individuais (MEIs) representam quase 70% das empresas em atividade no país. Essas também são palavras de ordem no cotidiano feminino na nossa sociedade.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres empreendedoras no Brasil cresceu, chegando a 10,3 milhões, o que representa mais de 34% dos empreendedores do país.
Uma dessas 10 milhões é Carol Gilberti. Entretanto, Carol não faz parte da estatística apenas como uma mulher empreendedora. À frente da Mubius WomenTech Ventures, a empresária mineira de BH incentiva, investe e projeta negócios de outras mulheres ao mercado com a primeira Women Tech do Brasil.
As chamadas Venture Builders são organizações que atuam sistematicamente no desenvolvimento de outras empresas de base inovadora e tecnológica (startups) aportando seus próprios recursos.
O panorama ainda é de uma presença feminina bastante tímida no universo das startups no Brasil – no mundo, também – com crescimento praticamente estagnado. Segundo o “Female Founders Report 2021”, há 10 anos, empresas de base tecnológica fundadas apenas por mulheres representavam 4,4% do mercado total. Hoje, o índice é de 4,7%, ou seja, crescimento ínfimo.
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Carol e a Mubius querem mudar o cenário. “A ideia dessa frente é trazer mulheres para esse ecossistema tão maravilhoso da inovação e tecnologia, alavancando cada vez mais startups de impacto para o universo feminino e que tenham soluções benéficas para o mundo e economia”, conta a empresária.
Esposa, mãe e com uma história de vida que vai do Texas a São Paulo, Carol já quis ser atriz de Hollywood, mas encontrou um propósito na comunicação, cursando jornalismo na PUC-MG.
“Mulheres empreendedoras têm desafios e batalhas particulares diárias. Isso, independentemente de estarem começando ou no topo da pirâmide. Estamos constantemente lutando contra síndrome da impostora e buscando a desconstrução de várias questões genéticas, cultuais e sociais que fazem parte do dia a dia da mulher”, relata.
A empresária ainda aponta caminhos nos quais existem horizonte de crescimento e lastro para startups investirem no Brasil. “Onde há problema, há oportunidades. É assim que a inovação enxerga e o Brasil é um oceano de oportunidades. Seja na economia, no setor jurídico, sustentabilidade, social. Educação, startups a educação, são inúmeros desafios”, completa.
Recheado de vivências, bom humor e insights sobre empreendedorismo, o papo completo com Carolina Gilberti esta disponível no Youtube e Spotify do Empreendabilidade.