De olho no aumento da demanda de empresas por respostas para seus desafios socioambientais, o Quintessa, aceleradora de impacto, e a Pipe.Social, plataforma de fomento a programas de impacto socioambiental, se uniram para criar o maior banco de startups que atuam nessa área. A Base de Impacto, plataforma que reúne o banco de dados desenvolvido por cada uma das organizações ao longo dos últimos anos, vai reunir mais de 5 mil negócios.
A ideia é que a plataforma seja acessada tanto por grandes companhias como por fundações, institutos e investidores, facilitando assim a conexão entre quem precisa avançar em sua agenda ESG e os empreendedores que desenvolveram tecnologia, produtos ou serviços que estejam em linha com essas metas.
Segundo Anna de Souza Aranha, sócia-diretora do Quintessa, a nova plataforma será uma espécie de vitrine de startups, que atuam em diferentes setores. Além de mais ampla, a Base Impacto tem informações detalhadas e constantemente atualizadas de cada empreendedor, o que vai facilitar que grandes empresas encontrem parceiros para lidar com desafios relacionados a questões ESG. “Com esse mapeamento mais amplo e atualizado, as conexões podem ser mais bem feitas, o que facilita a vida dos empreendedores e das empresas”, completa Mariana Fonseca, co-fundadora da Pipe.Social.
A demanda por parte de grandes empresas que precisam viabilizar o cumprimento de metas ESG é crescente, diz Souza Aranha. Além das questões ambientais, há muito interesse hoje por projetos e serviços relacionados a saúde, educação e diversidade. Mas o mercado começa a migrar também para produtos relacionados a saneamento, em resposta ao marco do setor, implementado recentemente.
As empresas e os investidores que buscam parceiras poderão navegar e contatar startups gratuitamente pela plataforma. Mas as organizações poderão vender a essas companhias o suporte para a elaboração do projeto e refinamento da pesquisa para que se encontre o melhor parceiro. “O mercado ainda precisa de ajuda para entender que tipo de serviço precisa implementar e quais são os processos mais adequados para atingir esses objetivos”, explica Souza Aranha.
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Dessa forma, os empreendedores cadastrados na plataforma poderão atender a chamadas públicas, mas também receber convites exclusivos para projetos.
Juntas, as duas organizações já conectaram startups com parceiros como Ambev, Facebook (Meta), Grupo Fleury, Natura, Fundo Vale, BID Lab, Itaú BBA, Braskem, Fundação Boticário, Instituto BRF, Fundação Lemann, Grupo NotreDame, Oi Futuro, banco BV, Globo, Vedacit, Fundação Tide Setubal, Instituto Arapyaú, CPFL e BP – Beneficência Portuguesa.
Matéria originalmente assinada por Lucinda Pinto e publicada no Valor Econômico (https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/09/15/plataforma-vai-conectar-startups-de-impacto-socioambiental-a-empresas.ghtml)