São Paulo fica em 51ª posição entre 55 metrópoles no fomento a empreendedorismo feminino, diz estudo

Acesso restrito ao capital, poucas oportunidades de crowdfunding e número limitado de investidores estão entre os fatores críticos

O fomento ao empreendedorismo feminino no Brasil está em baixa posição no cenário mundial, segundo estudo Women Entrepreneur Cities (WE Cities), da Dell Technologies em parceria com a S&P Global.

São Paulo, única cidade brasileira dentre as 55 metrópoles listadas como as mais favoráveis para mulheres empreendedoras, ficou em 51º lugar, à frente apenas de Lima (Peru), Cidade do México (México), Jacarta (Indonésia) e Guadalajara (México). As três melhores colocadas são Londres (Inglaterra), Nova Iorque (EUA) e Bay Area (EUA).

A pesquisa Women Entrepreneur Cities (WE Cities) é realizada com base em cinco pilares: Talento, Capital, Cultura, Tecnologia e Mercado. São Paulo caiu cinco posições em relação ao último levantamento, realizado em 2019. Os principais motivadores da queda foram o acesso restrito ao capital, poucas oportunidades de crowdfunding, número limitado de investidores e falta de grandes empresas de capital de risco.

Pandemia impactou mudanças nos resultados

Segundo a Dell, a pandemia apresentou consequências em algumas regiões, especialmente nos pilares de Talento e Cultura. Com o fechamento de escolas e creches, mães de crianças precisaram se desdobrar para cuidar da casa, dos filhos e do trabalho, o que dificultou avanços e melhores resultados.

“A pandemia estreitou a correlação entre talento e tecnologia. Isso corresponde ao que descobrimos no Dell WE Cities Technology Deep Dive, ou seja, que as mulheres empreendedoras veem as habilidades tecnológicas como vitais, mas muitas vezes se preocupam por não terem um entendimento forte o suficiente para serem capazes de navegar na era digital”, explica Luciane Dalmolin, Diretora de Vendas para Pequenas Empresas da Dell Technologies no Brasil.

Futuro pode ser promissor

Apesar de, neste momento, o recorte se mostrar pouco animador para o empreendedorismo feminino no Brasil, há um farol que pode guiar novos negócios comandados por mulheres. Em quantidade, o público feminino vem ganhando cada vez mais espaço no cenário empreendedor

O Brasil se tornou o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo desde 2020. Dos 52 milhões de empreendedores, 30 milhões são mulheres, correspondendo a 57%. Com relação às Microempreendedoras individuais (MEIs), as mulheres representam 48%, em referência por categorias como alimentação, moda e beleza.

Além disso, a representatividade feminina em cargos de liderança e diretoria de grandes empreendimentos vem crescendo nos últimos anos, o que pode sinalizar maiores oportunidades e abertura para as mulheres no universo dos negócios.

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